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Quando o amor não tem morada

Às vezes ficas sem asas quando deixas de voar naquele que foi o teu conforto. Quando sentes que essa morada deixou de ser tua. Quando tentas ficar calmo, quieto, sereno, sentado no cadeirão e o barulho do silêncio não te deixa descansar. Quando deixas morrer, a história que julgavas ser “a história” da tua vida. Assim como a fagulha ferra na pele e dói, macera e tinge, assim também é a dor que sentes quando o lume se força a apagar. O lume do amor, qual vela em fim de vida, contempla, quieto, as “últimas horas”, no desespero de voltar atrás no tempo. O tempo da vivência, qual fugidio, que guardou em si todas as memórias, aquelas que querias que fossem o “agora”. O sossego da inquietação, sentido após o corte da árvore, que recebia vida em suas raízes e água cristalina. Assim como o frio da noite escura, em que apenas vês a margem do rio beijado pela lua branca, assim ficas quando morre um companheiro de batalhas. Cruel a vida, as ideias, pensamentos, boa

Memórias e nevoeiro....

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Consigo pôr-me lá… de manhã— começa o dia, a luz do sol irradia a vegetação fresca, os pássaros cantam. Os passos no caminho da terra pisam uma vez mais a estrada feita por muitos que, como eu, foram construindo aquele atalho. Desta vez entrei pela porta de baixo. Aquela que me dá acesso aos pavilhões de bioquímica. Onde eu fiz os exames de anatomia, de fisiologia, onde passei a histologia, onde disse “vou no bom caminho”. Precisamente lá em baixo… foi onde falei com aquele que seria o meu companheiro de caminho durante uns anos, que da mesma maneira que apareceu, também desapareceu. Da mesma maneira que entrou e deixou marcas em mim, foi-se embora, sem deixar rasto. Olhos de amor e de ódio misturaram-se no primeiro e no ultimo dia. Um ciclo…que ainda hoje recordo. O passar dos anos…não me impede recordar…não me impede reviver de novo, o ser jovem, ter 21, 22, 23 anos e percorrer cada manhã no comboio o percurso até chegar à Faculdade de Medicina. Tive uma oportunidade de ouro, aq

A Origem das Coisas.... A origem do Aniversário.

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"Como todos os dias se celebram milhares de aniversários no mundo, é interessante saber qual a origem deste costume. Os aniversários têm origem pagã relacionada com a magia (as velas simbolizam a ligação com espiritual e protecção) e com a religião, embora no caso do cristianismo este costume estivesse abolido até ao século IV, altura em que a Igreja começou a comemorar o nascimento de Jesus Cristo. Na antiga Grécia na Grécia, onde todos os anos se homenageava a Deusa da caça, Artemis, com um bolo e várias velas em cima de bolos de mel redondos para simbolizar a lua que, segundo a mitologia grega, era a forma da Deusa Artemis se expressar. Nessas sociedades primordiais as comemorações de aniversário eram reservadas às classes sociais de elite e aos deuses. Assim, tanto os egípcios como os gregos restringiam essas festividades apenas aos faraós e deuses. Já os romanos permitiam essas celebrações apenas ao imperador, à sua família e aos senadores. Com o tempo esse hábit

Une vie

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Não consigo deixar de pensar em tudo aquilo que vejo. Naquilo que toco, naquilo que percepciono, naquilo que sinto. Naquilo que vivi e naquilo que sonhei. Naquilo que era a realidade ou simples fantasia. Com um punho cerrado de confetis brilhantes, e outro punho aberto com nada, o tempo mostra, lenta e compassadamente, que a vida nada requer de nós. Flui, passa, esquece. Atrai, ilustra, expande. Não consigo deixar de pensar em tudo. Naquilo que me faz sentir bem ou mal. Naquilo que me faz sentir sem palavras. Naquilo que marca a sinceridade de uma pessoa quando admite os seus erros. Naquilo que creio que a vida seja. Naquilo que Um dia alguém me disse: "A vida é muito mais do que aquilo que fazemos dela." A vida é aquilo que ela também se permite deixar encontrar. A vida é aquele enlace de amor, carinho e sinceridade num olhar. O reconhecer o que vales, o que ganhas e o que perdes. E aí está a magia! Porque mesmo sem teres tudo aquilo que

Amanhecer Salgado.

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Tudo começou….com um raio de sol. Um raio de sol que despontou naquela manhã de areia branca, fresca, com agua azul turquesa, de som relaxante por toda a praia. O raio de sol que mais uma vez agradeci ao Criador que tanto amo e agradeço por estar viva…o que chamariam os espanhóis “un encanto”! E com essa “ilusión” desponta um novo dia…de ovinhos de tartaruga a eclotar ali ao lado, de peixes multicores a beijar-me os pés, de gelados de fruta merengada, maracujá e cheirinho doce a baunilha. Um novo dia de leveza inexplicável, de agradecimento e de sensação de vida inexplicável. No bar ao lado, ainda com as portas de madeira branca fechadas, oiço, algures…jazz…mas jazz do bom, um Frank Sinatra qualquer que me quer fazer pensar aquelas horas da manhã… “It’s just a sweet song…”, ho que vontade de tocar piano! ho que vontade de cantar..! Olho para o lado…a manta que deixei ontem a noite continua igual, onde pernoitei….sem incomodos, sem medos, sem nada..só uma fogueira

hoy

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hoy hay mucho qué hablar. hoy simplesmente quiero escribir à la vida. Veo una pequeña y dulce niña corriendo en el gran palco del tiempo... Vive que mañana serás más! qué es lo que te hace sentir que nada es imposible, que no hay perdida? cuando entiendes que aún hay mucho qué aprender... es cuándo la vida te brinda lo bueno y lo malo. sorpresas, cuando no lo esperas... podrías mirar hacia ti mismo e entender que nada mas es mejor que una casa la sangre en tus venas, los amigos, tus recuerdos, la actitud durante tu tiempo de vida. hoy me gustaría cambiar mis deseos y me gustaría cambiar los hechos. hoy estoy hablando contigo. sin que sepas siquiera de esa energía cósmica.... hoy tengo mucho que decirte. pero no consigo. atragantada estoy. escucha....puente cerrada y puerta completamente cerrada en su secreto. ábrete! ho señor de la perfección...que sigues en tu planeta interior, conmigo pensando en tí... hasta cuándo...seguiré queriendo hablar contigo...y no querrerás

Salvador Sobral - Amar Pelos Dois (Portugal) LIVE at the 2017 Eurovision...

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